Hoje levantarei uma questão que veio na voga de dois acontecimentos: um a nível nacional e outro pessoal. Logicamente, tentarei aqui fazer uma justaposição de idéias relacionadas como a sociedade está se reconstruindo com outras que explicitam os efeitos dessa reconstrução.
O caso "Neymar", divulgado a bradadas pela imprensa esportiva e o desfecho final, me colocou um questionamento: será que a sociedade está legitimando a impunidade, legitimando a falta de respeito ao próximo? Não sei. Sei que cada vez mais, isso falo agora como professor e educador, vejo que menos podemos fazer perante um sistema que incentiva atos como o que vimos. Vi o técnico como o professor que quer educar e o aluno que sente ter mais direitos por ter uma posição de destaque.
Muitos pedagogos vêm com várias receitas inaplicáveis e outras utopicamente construídas pois não partilham das diversas realidades das escolas. Gostaria de ver alguns praticarem a sua filosofia numa escola estadual noturna de Diadema, Capão Redondo ou do Grajaú. As vezes a teoria não corresponde há realidade pois não foi forjada na empiria do fenômeno. Raramente atende a necessidade dos profissionais, que bravamente resistem a essa educação degeneradora. Degenera aluno, degenera o professor, degenera o sentido de escola.
As escolas hoje procuram sua função, sua recolocação em um mundo que a adaptação é a palavra de ordem. Adaptar-se às diversas situações.
Burocratizam-se os professores, tornando-os passivos e não críticos do sistema. Dá liberdade incondicional ao aluno e nisso ele passa a sentir-se dono do mundo, da escola e dos próprios pais.
A educação está em crise. Viva a educação. (adaptação do título do livro do professor Carlos W. Porto Gonçalves)
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
sábado, 4 de setembro de 2010
Amigos
Amigos,
Esse é um espaço democrático e a participação de todos só enriquece essa troca de idéias. Sei que muitos gostariam de participar e se acanham. Peço a todos que estão acompanhando esse blog não se envergonhar e colocar aqui suas mensagens, seus questionamentos ou novos assuntos a serem discutidos.
Abraço a todos
Obrigado
Ed Wilson
Esse é um espaço democrático e a participação de todos só enriquece essa troca de idéias. Sei que muitos gostariam de participar e se acanham. Peço a todos que estão acompanhando esse blog não se envergonhar e colocar aqui suas mensagens, seus questionamentos ou novos assuntos a serem discutidos.
Abraço a todos
Obrigado
Ed Wilson
sábado, 28 de agosto de 2010
Precisamos redesenhar um país rasurado.
Tive um papo com minha amiga Paula, qual felizmente trabalho a algum tempo, e o assunto foi sobre revolução ou evolução para a sociedade?
Ao estudarmos o conceito de revolução, nos deparamos com uma interessante “crise” onde não conseguimos bem ao certo encontrar um consenso pelo qual possamos dar uma única significação a esse termo. Isso tudo porque as experiências históricas definidas como “revolucionárias”, nem sempre são o reflexo exato de uma concepção previamente estabelecida.
A partir daí nos preocupamos sobre qual tipo de fato histórico pode ser considerado “revolucionário”. O termo revolução, à primeira vista, refere-se a toda e qualquer transformação radical que atinja drasticamente os mais variados aspectos da vida de uma sociedade. Nesse sentido, as mudanças proporcionadas por certo acontecimento deveriam ser julgados como revolucionárias por todo e qualquer estudioso que pesquisasse um mesmo tema.
No entanto, percebemos que as perspectivas históricas nem sempre concordam entre si. Muitos historiadores preocupam-se em refletir, por exemplo, sobre os “limites” de uma determinada revolução. Dessa forma, cria-se uma verdadeira contradição onde não sabemos com absoluta certeza se um fato histórico foi ou não foi revolucionário. Poderíamos assim dizer que, na verdade, não existem revoluções?
De acordo com correntes de compreensão marxista, uma revolução só pode ser experimentada quando todos os pontos fundamentais que sustentam o statu quo de uma sociedade invertem-se completamente. Com isso, admiti-se que se as relações de trabalho, a hierarquia social, as práticas econômicas ou hábitos cotidianos permanecem após uma mudança histórica, exclui-se a possibilidade de uma revolução.
Um dos casos mais notórios desse tipo de contradição pode ser observado nas revoluções acontecidas entres os séculos XVII e XVIII. A queda do Antigo Regime favoreceu a ascensão política da burguesia, porém manteve – sob outros parâmetros – a exploração das classes trabalhadoras. Até por isso, muitos historiadores chamam tais transformações de “revoluções burguesas”.
Com essa indefinição, certas correntes históricas só reconhecem uma revolução em concordância com termos bastante definidos. Outras já relativizam o termo, admitindo que seja impossível a deflagração de uma revolução total. A partir dessas diferentes concepções, cria-se um acalorado debate onde se discute a possibilidade de condições históricas que transforme radicalmente uma sociedade ou se toda e qualquer transformação não consegue atingir um patamar revolucionário.
Seria difícil decretar uma resposta final a esse debate sobre as revoluções. No entanto, em nada podemos desmerecer certo tipo de compreensão histórica em detrimento da outra. Enquanto isso, podemos discutir na pluralidade de perspectivas novas compreensões das mais brandas ou mais agitadas experiências históricas. Sejam elas revolucionárias ou não.
Ao estudarmos o conceito de revolução, nos deparamos com uma interessante “crise” onde não conseguimos bem ao certo encontrar um consenso pelo qual possamos dar uma única significação a esse termo. Isso tudo porque as experiências históricas definidas como “revolucionárias”, nem sempre são o reflexo exato de uma concepção previamente estabelecida.
A partir daí nos preocupamos sobre qual tipo de fato histórico pode ser considerado “revolucionário”. O termo revolução, à primeira vista, refere-se a toda e qualquer transformação radical que atinja drasticamente os mais variados aspectos da vida de uma sociedade. Nesse sentido, as mudanças proporcionadas por certo acontecimento deveriam ser julgados como revolucionárias por todo e qualquer estudioso que pesquisasse um mesmo tema.
No entanto, percebemos que as perspectivas históricas nem sempre concordam entre si. Muitos historiadores preocupam-se em refletir, por exemplo, sobre os “limites” de uma determinada revolução. Dessa forma, cria-se uma verdadeira contradição onde não sabemos com absoluta certeza se um fato histórico foi ou não foi revolucionário. Poderíamos assim dizer que, na verdade, não existem revoluções?
De acordo com correntes de compreensão marxista, uma revolução só pode ser experimentada quando todos os pontos fundamentais que sustentam o statu quo de uma sociedade invertem-se completamente. Com isso, admiti-se que se as relações de trabalho, a hierarquia social, as práticas econômicas ou hábitos cotidianos permanecem após uma mudança histórica, exclui-se a possibilidade de uma revolução.
Um dos casos mais notórios desse tipo de contradição pode ser observado nas revoluções acontecidas entres os séculos XVII e XVIII. A queda do Antigo Regime favoreceu a ascensão política da burguesia, porém manteve – sob outros parâmetros – a exploração das classes trabalhadoras. Até por isso, muitos historiadores chamam tais transformações de “revoluções burguesas”.
Com essa indefinição, certas correntes históricas só reconhecem uma revolução em concordância com termos bastante definidos. Outras já relativizam o termo, admitindo que seja impossível a deflagração de uma revolução total. A partir dessas diferentes concepções, cria-se um acalorado debate onde se discute a possibilidade de condições históricas que transforme radicalmente uma sociedade ou se toda e qualquer transformação não consegue atingir um patamar revolucionário.
Seria difícil decretar uma resposta final a esse debate sobre as revoluções. No entanto, em nada podemos desmerecer certo tipo de compreensão histórica em detrimento da outra. Enquanto isso, podemos discutir na pluralidade de perspectivas novas compreensões das mais brandas ou mais agitadas experiências históricas. Sejam elas revolucionárias ou não.
sábado, 21 de agosto de 2010
Redes e (censurado)
No dia 17 desse mês, me propus como formador de opinião que sou (professor) assistir o horário gratuito (censurado). Não venho aqui, fazer apologia a esta ou aquela personalidade, mas discutir o quão cômico é esse momento que passei.
A busca por um plebismo por todos os candidatos torna-os artificiais. Aqueles que buscam na sua personalidade ou na sua popularidade o voto de cada um que assiste (é bombardeado) a esse programa deturpe o que já é deturpado, nossa noção de política.
Mas essas eleições em especial, escancaram para a população uma realidade cruel. Não existe seriedade da maioria e esses ofuscam aqueles que realmente pretende contribuir com algo.
Quando vi o personagem (censurado) com os seus bordões dizendo que não sabe o que um deputado federal faz ou "pior que ta não fica", pensei agora não fica mesmo.
Não sei o que o orgão que regula pensa a respeito, mas quando vi, pensei se eles aceitaram isso é porque não há critérios, não há limites e nem bom senso dos candidatos, dos partidos e do próprio orgão que regula. Isso foi uma paulada no pouco de seriedade que resta na (censurado) brasileira.
Simples, se você não é engenheiro e não tem formação para tal, procuraria um emprego nessa profissão? Se você não é médico e não tem formação para tal, algum hospital te aceitaria para uma cirurgia cerebral? Se você não é professor e não tem formação para tal, alguma escola te contrataria para dar aula de Climatologia, Citologia, Algarítimos, Idade Média, Química Orgânica...Não. Mas na (censurado) tudo é cômico mesmo, agora temos um profissional entre os amadores.
Por isso, amigos, é hora de exigirmos respeito para com a nossa inteligência.
A busca por um plebismo por todos os candidatos torna-os artificiais. Aqueles que buscam na sua personalidade ou na sua popularidade o voto de cada um que assiste (é bombardeado) a esse programa deturpe o que já é deturpado, nossa noção de política.
Mas essas eleições em especial, escancaram para a população uma realidade cruel. Não existe seriedade da maioria e esses ofuscam aqueles que realmente pretende contribuir com algo.
Quando vi o personagem (censurado) com os seus bordões dizendo que não sabe o que um deputado federal faz ou "pior que ta não fica", pensei agora não fica mesmo.
Não sei o que o orgão que regula pensa a respeito, mas quando vi, pensei se eles aceitaram isso é porque não há critérios, não há limites e nem bom senso dos candidatos, dos partidos e do próprio orgão que regula. Isso foi uma paulada no pouco de seriedade que resta na (censurado) brasileira.
Simples, se você não é engenheiro e não tem formação para tal, procuraria um emprego nessa profissão? Se você não é médico e não tem formação para tal, algum hospital te aceitaria para uma cirurgia cerebral? Se você não é professor e não tem formação para tal, alguma escola te contrataria para dar aula de Climatologia, Citologia, Algarítimos, Idade Média, Química Orgânica...Não. Mas na (censurado) tudo é cômico mesmo, agora temos um profissional entre os amadores.
Por isso, amigos, é hora de exigirmos respeito para com a nossa inteligência.
domingo, 15 de agosto de 2010
Amigos
Esse é mais um canal de trocas de experiências, vivências e angustias que o tema central desse blog busca tratar.
Para inciar colocarei alguns pontos para discussão, buscando através de provocações inciais debater com meus amigos.
Em várias das minhas leituras, alguns apontam que o controle da internet é crucial, mas ao mesmo tempo isso seria a própria negação desse meio técnico, visto que o seu nascimento se deu pela liberdade e abertura para a sua construção. Quando esse controle surge no caso de China, Austrália e os sitios de controles financeiros e governamentais as negações são geradas através de crackers que criam seus vírus, derrubam todos os muros eletronicos num movimento dialético.
A necessidade do controle parte da mesma necessidade de se lucrar mais com esse meio. Essa intenção de controlar e a mesma que carrega em si a idéia de proteger mercados, produtos e produtores. Controlar o que, para que e para quem?
Para inciar colocarei alguns pontos para discussão, buscando através de provocações inciais debater com meus amigos.
Em várias das minhas leituras, alguns apontam que o controle da internet é crucial, mas ao mesmo tempo isso seria a própria negação desse meio técnico, visto que o seu nascimento se deu pela liberdade e abertura para a sua construção. Quando esse controle surge no caso de China, Austrália e os sitios de controles financeiros e governamentais as negações são geradas através de crackers que criam seus vírus, derrubam todos os muros eletronicos num movimento dialético.
A necessidade do controle parte da mesma necessidade de se lucrar mais com esse meio. Essa intenção de controlar e a mesma que carrega em si a idéia de proteger mercados, produtos e produtores. Controlar o que, para que e para quem?
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